outro calo na palma do meu olho
minha mão sangra
no cabo do próximo verso
que caleja a labuta maldita
dando cabo de si
entulho obscuro
resto duro indigesto
soterrado no peito nu
escombro escavado
no suor sangrado
no cabo do próximo verso
que caleja a labuta maldita
dando cabo de si
entulho obscuro
resto duro indigesto
soterrado no peito nu
escombro escavado
no suor sangrado
por falta de ter o que escolher
por força de vontade de comer
por força de vontade de comer
outro dia entornado
em si destroçado
no cabo de saber
na boca o gosto amargo
do "ter ou não ser?"
em si destroçado
no cabo de saber
na boca o gosto amargo
do "ter ou não ser?"
minha mão chora
flores vermelhas
ao cabo do inacabado
que soa como um
calo sangralienado.
flores vermelhas
ao cabo do inacabado
que soa como um
calo sangralienado.
Ray Cruz
Nenhum comentário:
Postar um comentário