sonata das traças
soluçar soluções
voláteis
cremar
camisinhas
apto para preencher
a última vaga remanscente
eu: idiota multifuncional
sei que a ferradura
em minha mochila
trará sorte
pelo menos
em uma briga
momentos
arranhados
ecoam
minha sombra
gravidade cega
de meu ego nomâde
colho o farfalhar das nuvens, cavalgo o vulgo informe com a avidez de um beduíno seco,
SIM
abraço o mundo com as unhas lascadas, e lavo os olhos com um habeas corpus translúcido
atravesso a fome rumo a sede
o badagar da sina
martelando as horas
trago
turbo
nego, porém não encubro:
a liberdade é uma queda sem fim em si mesma
ser é uma dança surda eclodindo nas estepes de um uivo fanho.
enrolar horizontes
verticalizar bueiros
dropar o real
até o banzo
asfixiar o medo
até o medo
sacramentar
o sono
até o sono
acordar o pesadelo
até o pesadelo ancorar
a língua
até a língua embriagar os pés
até os passos
estraçalharem
as profecias
"a resposta para o niilismo é o zen, por isso Julius Rock seria um ótimo professor de matemática, saca? a apreensão instintiva e irreflexiva da realidade, o humor paradoxal e a morte autotrófa do ego"
ainda não
e nem antes
e nem após
apenas
&
talvez
a apostasia de cada meta reificando todas as penas coloridas de um espelho inflamável
ray cruz
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