domingo, 9 de abril de 2017

i'm the horseman in the big chess board

normalmente sereno ou selvagem. quase sempre 8 ou 80.
resiliente, porém condenado ao mesmo movimento monótono, alguém que luta consciente de sua derrota ante a possibilidade de alvejar alguma liberdade.
paradoxal?
nem nobre, nem guerreiro (da infantaria não naturalmente), nem plebeu; o cavalo símbolo da agilidade e da força é a fusão entre os movimentos máximos da peça mais importante do jogo e da mais ordinária; o peão e o rei, talvez respectivamente...
medida de potência.
enfim, o cavalo ainda é um símbolo, embora já muito explorado, ainda rico e lastimávelmente ou felizmente condenado ao L (leia-se tanto personagem de Death Note, quanto inicial de Loser ou de Light ou de Low ou de Linguagem ou de Ló ou de Loki ou de Lie ou de Lúcifer ou de qualquer outra coisa)...
o cavalo é absurdo, instinto domésticado do Id pelo Superego e ainda sim, viril (leia este substantivo de forma nietzscheana) e consciente de suas limitações impostas pela natureza e pelo ambiente... ainda capaz de transitar em casas de polaridades diferentes, versátil e útil em emboscadas, simultâneamente hiper vulnerável para ciladas adversárias...
é preciso imaginar um cavalo sorrindo, após um dia árduo de aragem, é preciso imaginar um cavalo feliz sendo alvejado no meio do fogo amigo, é preciso imaginar um horseman no navio negreiro cochilando sereno...
é preciso ser um cavalo e abraçar o zen com os cascos fortes e uma ferradura da sorte (em brigas e coices) é preciso trotar no asfalto e ignorar as chicotadas, é preciso relinchar alto, ou ser um garanhão, ou pastar o dia todo... é preciso equinar para não se matar. eu seria um cavalo em um enorme tabuleiro de xadrez, ou talvez eu seja um cavalo.

ray cruz

Nenhum comentário:

Postar um comentário