sábado, 8 de abril de 2017

esboço para uma fenomenologia patafísica 0 (shunnya)

saber;
um túnel escuro profetizando
um guia cego

apenas cave!
cave
&
cavi!

vivisseque
qualquer coisa
&
encontre
qualquer abismo

"alimente os passáros imaginários"

encontrarás a si mesmo,
como um caminho
no meio da pedra,
um planeta
dentro do caroço,
&
um EU
chocando no âmago do planeta...
cave pequeno imundo,
cave,
que todas as filosofias
não passam do cosplay amateur
de um tatu gripado

nada é mais raso que um espelho
nada é mais profundo que o desconhecido

eu reencontrei o Tempo
mas o perdi em algum de meus buraquinhos espelhados e tripofóbicos

respirar é perder
perder é perder-se

agarre o ponto de interrogação no final da resposta
prenda e respiração
&
entregue sua síntese ao mundo
<descarga>
olvide todo o passado que adorna este presente
[memento j.o.v.e.m {jocus omnia vincit et more}.?.]

"buck dich!"

sugo orouboros entre meus hashis <palitos de dente>
folheio o farfalhar do spleen

jejeje

qual amigo vai me socar primeiro?

("WOMEN AND CHILDREN FIRST!")

vamos, não vai doer em mim
"nem toda sarrada tem sentimento"

#bitchplease

0101010101110001110101
interrompemos esta programação
/(.) (.)\
problemas técnicos
&
um rombo orçamentário no meu sistema nervoso central

continuo escavando e descascando
como alguém fatiando uma hidra para a salada vegana de um food truck na 206 norte

a rainha da decadência dançando no cascalho recém capinado as 11:55 no jardim de um velho vermelho no Guará II

[você masturbando esta tela preta em suas palmas brancas]

cava logo essa porra!
{vai começar a feder}
arranca logo essa privada
porque a minha
minha boca
grita
até calada

<madrugada destilada em pequenas picadas>

talvez eu consiga matar o espelho
(causa mortis: infarto agudo do miocárdio após um close horroshow)
talvez a 3° pessoa do plural me fagocite
ou
talvez eu volte pra capoeira e te envie meus olhos em uma caixinha amarelo-canhâmo.

ray cruz

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