esboço para uma fenomenologia patafísica 0 (shunnya)
saber;
um túnel escuro profetizando
um guia cego
apenas cave!
cave
&
cavi!
vivisseque
qualquer coisa
&
encontre
qualquer abismo
"alimente os passáros imaginários"
encontrarás a si mesmo,
como um caminho
no meio da pedra,
um planeta
dentro do caroço,
&
um EU
chocando no âmago do planeta...
cave pequeno imundo,
cave,
que todas as filosofias
não passam do cosplay amateur
de um tatu gripado
nada é mais raso que um espelho
nada é mais profundo que o desconhecido
eu reencontrei o Tempo
mas o perdi em algum de meus buraquinhos espelhados e tripofóbicos
respirar é perder
perder é perder-se
agarre o ponto de interrogação no final da resposta
prenda e respiração
&
entregue sua síntese ao mundo
<descarga>
olvide todo o passado que adorna este presente
[memento j.o.v.e.m {jocus omnia vincit et more}.?.]
"buck dich!"
sugo orouboros entre meus hashis <palitos de dente>
folheio o farfalhar do spleen
jejeje
qual amigo vai me socar primeiro?
("WOMEN AND CHILDREN FIRST!")
vamos, não vai doer em mim
"nem toda sarrada tem sentimento"
#bitchplease
0101010101110001110101
interrompemos esta programação
/(.) (.)\
problemas técnicos
&
um rombo orçamentário no meu sistema nervoso central
continuo escavando e descascando
como alguém fatiando uma hidra para a salada vegana de um food truck na 206 norte
a rainha da decadência dançando no cascalho recém capinado as 11:55 no jardim de um velho vermelho no Guará II
[você masturbando esta tela preta em suas palmas brancas]
cava logo essa porra!
{vai começar a feder}
arranca logo essa privada
porque a minha
minha boca
grita
até calada
<madrugada destilada em pequenas picadas>
talvez eu consiga matar o espelho
(causa mortis: infarto agudo do miocárdio após um close horroshow)
talvez a 3° pessoa do plural me fagocite
ou
talvez eu volte pra capoeira e te envie meus olhos em uma caixinha amarelo-canhâmo.
ray cruz
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