outro dia cinza urge...
esculpir um boneco de testes com minha pilha de roupa suja.
não acreditar em escritores que escrevem.
me inscrever em um curso de pompoarismo
e
encontrar alguma utilidade para meus sonetos paralíticos trancado em banheiros apertados.
bolinar um arrebol.
quebrar todos os relógios.
chupar o primeiro gargalo sem gargalhar.
nunca seguir uma placa.
apenas perseguir minha sombra.
arremedar meu medo.
não tentar beijar o máximo de pessoas possíveis para beijar a única pessoa impossível.
curar esta síndrome de Monsanto.
nunca sair daquele mosh na chuva embalado por músicas imaginárias.
nunca olhar a placa
no muro que foi pichado.
se auto sequestrar
para sofrer com síndrome de Estocolmo.
entender como meu amor se converte em distância
e
passar o resto do ano exalando purpurina em abraços menores que este verso.
ray cruz
Nenhum comentário:
Postar um comentário