você foi o melhor cronocídio da minha vida
ninguém vai entender como nossa reciprocidade se repelia
ninguém viu que tatuei a primeira letra do seu nome com nanquim e uma agulha que achei na rua
ninguém se importa, mas ainda guardo aquele dechavador com fios do teu cabelo dentro
ninguém sabe que já abraçei postes demais sussurrando teu nome
mesmo assim
ninguém aplaudiria o requiem para o dente que perdi bêbado na rua da tua casa
ninguém vai catalogar minha coleção de camisinhas na sua ex gaveta de calcinhas
e mormente
o que ninguém sabe mesmo é que depois de vomitar em cada um daqueles banheiros públicos, eu pichei teu número.
ray cruz
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