domingo, 22 de janeiro de 2017

a manhã MMXIII: tranca crua

xuuu ruuqui

acorde
mudo

nem
havaianas
convalescem
nas crateras
do asfalto
satélite

rejunte
com os dedos
queimados
o vão
entre cada
disjunção

benza-deusa
na pia d'alva
tranca-cílios

outra ponta
carburando
o mesmo dedo

só dormir
embaixo
da cama
emcima
do teto

ah, pois
soletrar é tão
imprescindível
quanto um zíper
orbitando no ânus
de um domingo mal passado.

ray cruz

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