sábado, 14 de janeiro de 2017

vernissage

engulo o âmago amargo
todos os dentes que não
descansam a língua insône

teus olhos sujos
que desenham
um deja vú
no poço
lauto

1:20 pm

quiçá
nunca ouvisse
o que não olvido
ainda tento engolir
como quem mastiga
giletes enferrujadas

beijo
cactos

toda vez
a única vez
nenhum reencontro
aborta outra despedida

rasga mortalha
ninando as horas
que não alvorecem

ray cruz

Nenhum comentário:

Postar um comentário