vernissage
engulo o âmago amargo
todos os dentes que não
descansam a língua insône
teus olhos sujos
que desenham
um deja vú
no poço
lauto
1:20 pm
quiçá
nunca ouvisse
o que não olvido
ainda tento engolir
como quem mastiga
giletes enferrujadas
beijo
cactos
toda vez
a única vez
nenhum reencontro
aborta outra despedida
rasga mortalha
ninando as horas
que não alvorecem
ray cruz
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